Imposto Mínimo Global: Pressão e Estratégias para Empresas

Compartilhe nas redes:
Facebook
Twitter
Pinterest
LinkedIn

Novo imposto mínimo global pressiona empresas brasileiras: riscos, estratégias e orientações

O novo imposto mínimo global aprovado no Brasil tem mobilizado empresas de capital aberto de forma urgente. Milhões em impostos adicionais podem incidir sobre lucros não distribuídos até o fim deste ano, pressionando prestadores de serviços a agir sem margens para erros.

Com aproximadamente US$ 45 bilhões em lucros acumulados, as companhias enfrentam prazos conflitantes: devem aprovar as distribuições até dezembro de 2025 e efetivar pagamentos até 2028 para garantir isenção. Investidores estrangeiros, responsáveis por 60% desse montante, também estão sob risco de remessa.

A falta de clareza entre o texto da reforma e a Lei das S.A.s gera insegurança jurídica, impulsionando debates sobre antecipação de dividendos, endividamento ou reinvestimento. Ferramentas de planejamento tributário se tornam essenciais para evitar impactos no câmbio e na saúde financeira das empresas.

Alerta: empresas correm para evitar novo imposto mínimo global

Com o novo imposto mínimo global prestes a entrar em vigor em janeiro de 2026, as empresas que não aprovarem a distribuição de lucros acumulados até 31 de dezembro de 2025 podem enfrentar uma carga adicional de impostos sobre bilhões de reais. Estima-se que US$ 45 bilhões ainda aguardam repasse, montante que, sem ação imediata, ficará sujeito a tributação mínima de até 10%, gerando impacto de milhões em obrigações fiscais.

A indefinição entre prazos de deliberação e efetivação de pagamentos amplia o risco. Acionistas — sobretudo estrangeiros, que correspondem a 60% do total — poderão ver valores retidos ou sofrer pressão cambial. A urgência é máxima: a ausência de aprovação e liberação dos dividendos neste ano expõe as companhias a multas, autuações e desequilíbrios financeiros.

Lucros acumulados e o prazo para driblar a tributação

As empresas brasileiras de capital aberto somam cerca de US$ 45 bilhões (aproximadamente R$ 240 bilhões) em lucros retidos que ainda não foram distribuídos. Para escapar da incidência do novo imposto mínimo global de até 10%, é crucial observar dois marcos temporais:

  • Deliberação em assembleia até 31 de dezembro de 2025;
  • Pagamento, crédito ou entrega dos valores até 2028.

Deste total, cerca de 60% pertence a investidores estrangeiros, o que pode gerar impacto direto no câmbio se houver remessas massivas. Cumprir rigorosamente esses prazos é fundamental para evitar multas, autuações e a aplicação da tributação adicional sobre dividendos que, desde 1996, eram inteiramente isentos de IR.

Conflitos legais e insegurança jurídica

A reforma do IR estabelece prazos para distribuição de lucros que entram em choque com a Lei das S.A.s. Enquanto a nova norma menciona que pagamentos podem ocorrer até 2028, o estatuto das sociedades exige aprovação e entrega dos dividendos no mesmo exercício social, criando três linhas de interpretação:

  • Distribuir até 31/12/2025 e pagar imediatamente, em respeito à Lei das S.A.s;
  • Aproveitar prorrogação para concluir pagamentos em 2026, considerando prazo não detalhado para companhias abertas;
  • Seguir o prazo expresso de até 2028 previsto no texto da reforma do IR.

Essa multiplicidade de entendimentos deixa as empresas sem clareza sobre o momento correto de aprovação e efetivação de pagamentos. Com risco de autuação, muitas optam pela via mais conservadora: pagar ainda em 2025, mesmo que isso pressione o caixa e gere necessidade de capital de giro adicional.

Além disso, a incerteza traz impactos práticos:

  • Pressão sobre o câmbio se grande volume for remetido ao exterior;
  • Aumento de custos e complexidade para atender assembleias e ajustes contábeis de última hora;
  • Potencial para disputas judiciais e questionamentos fiscais, prejudicando o planejamento de longo prazo;
  • Desestímulo a investimentos, em razão do receio de interpretações retroativas ou conflitantes.

Em um cenário marcado por insegurança jurídica, a orientação tributária precisa considerar todas as possibilidades para mitigar riscos e garantir conformidade, evitando decisões que possam comprometer a saúde financeira das companhias.

Estratégias adotadas: distribuição, endividamento ou reinvestimento

Diante da mudança, três caminhos têm sido avaliados pelas empresas:

  • Distribuição imediata: antecipar o pagamento de dividendos para garantir a isenção do imposto mínimo. Essa escolha reduz rapidamente o caixa e, caso grande parte dos recursos vá para sócios estrangeiros, pode gerar forte pressão de venda de dólares e desvalorização do real.
  • Endividamento: contrair empréstimos ou estruturar mútuos entre acionistas e a companhia para honrar a distribuição sem consumir o caixa existente. Essa estratégia adia o impacto cambial, mas aumenta o nível de alavancagem e custos financeiros.
  • Reinvestimento: converter lucros em aumento de capital ou deixar valores como empréstimos a acionistas, mantendo recursos dentro da empresa. Embora preserve o caixa e minimize oscilações cambiais, não aproveita imediatamente a brecha tributária.

Cada alternativa envolve trade-offs entre liquidez, custo de capital e exposição ao mercado de câmbio, exigindo análise cuidadosa de perfil e planejamento estratégico.

Desafios contábeis para fechar 2025 a tempo

No encerramento do exercício social de 2025, as empresas enfrentam prazos exíguos para apurar resultados, revisar lançamentos e consolidar demonstrações financeiras preliminares antes da assembleia de aprovação. Qualquer atraso compromete a deliberação sobre distribuição de lucros dentro do prazo legal.

A convocação de assembleias extraordinárias exige a publicação de editais e o envio de convites com antecedência mínima prevista em estatuto, além de garantir quórum suficiente para validar as decisões. Falhas nesse processo podem anular deliberações e expor empresas a contestações.

Há ainda o risco de ajustes posteriores: revisões contábeis ou fiscais podem alterar o lucro apurado, exigindo retificações das demonstrações e implicando possíveis autuações ou questionamentos por parte de auditores e autoridades fiscais.

  • Reconciliação detalhada de contas e provisões para evitar erros de apuração;
  • Cumprimento rigoroso dos prazos de convocação e documentação das assembleias;
  • Gestão de ajustes de última hora e registros de variações patrimoniais;
  • Mitigação de divergências entre o valor deliberado em assembleia e o lucro efetivamente apurado.

O alinhamento dinâmico entre contabilidade, controladoria e assessoria jurídica é essencial para cumprir o cronograma apertado, reduzir retrabalhos e fortalecer a segurança jurídica na distribuição de dividendos ainda em 2025.

Como a SP Contabilidade Digital pode ajudar

Com a proximidade dos prazos e a multiplicidade de interpretações sobre a nova tributação, contar com uma orientação tributária especializada é fundamental. Na SP Contabilidade Digital, nossa equipe acompanha de perto as atualizações legislativas e os entendimentos do mercado para garantir que cada etapa — da deliberação em assembleia ao desembolso efetivo — seja realizada dentro dos parâmetros legais.

Oferecemos análises detalhadas dos saldos de lucros acumulados, simulações de cenários tributários e suporte na preparação de documentos societários, reduzindo riscos de autuações e impactos indesejados no fluxo de caixa. Nosso trabalho integra contabilidade, controladoria e consultoria fiscal para entregar soluções alinhadas aos objetivos de cada cliente.

Para assegurar a conformidade e a eficiência no planejamento de Imposto de Renda e distribuição de dividendos, conte com um parceiro técnico capaz de antecipar desafios e estruturar estratégias sob medida. Entre em contato para uma avaliação personalizada e fortaleça a segurança jurídica das suas operações.

Acompanhe nosso blog e fique por dentro das novidades

Não deixe de visitar nosso blog diariamente para acompanhar as principais análises, orientações práticas e notícias do universo da gestão tributária e do Imposto de Renda. Mantenha-se informado sobre mudanças legislativas, prazos e estratégias fiscais, garantindo decisões embasadas e maior segurança em seus processos contábeis.

Fonte Desta Curadoria

Este artigo é uma curadoria do site Portal Contabeis. Para ter acesso à matéria original, acesse Empresas de capital aberto correm para distribuir US$ 45 bi antes da vigência do novo imposto mínimo

Classifique nosso post [type]
Gostou? Compartilhe:
Facebook
Twitter
Pinterest
LinkedIn
Favicon - Calderon Contabilidade em Sorocaba - SP

Escrito por:

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Sed mattis vel metus at blandit. Aliquam erat volutpat. Etiam eu ullamcorper orci, vitae sollicitudin diam. Cras eu molestie mauris, eget venenatis lectus. Donec sed est elit. Donec luctus quam magna, at pellentesque orci condimentu.

Veja também

Posts relacionados

Recomendado só para você
Nova Versão do Sistema de Procurações Eletrônicas da Receita Federal:…
Cresta Posts Box by CP