Reforma Tributária: Chegou a Hora do Protagonismo Contábil
Por que você não pode ignorar a Reforma Tributária
Em breve, empresas conviverão com dois modelos tributários simultâneos — o sistema atual (ICMS, ISS, PIS e Cofins) e o novo (IBS e CBS). Sem orientação contábil estratégica, aumentam os riscos de falhas operacionais, multas e perda de créditos fiscais.
Por outro lado, quem assumir o protagonismo contábil neste momento crítico terá a chance de redefinir seu papel: de executor de obrigações a parceiro essencial na tomada de decisões, agregando valor e fortalecendo relacionamentos com clientes.
Gestão de dois sistemas tributários simultâneos
Nos próximos anos, empresas e contadores terão de gerir dois sistemas tributários em paralelo. Isso significa entender as regras atuais e, ao mesmo tempo, se preparar para o novo modelo de unificação.
Veja as principais diferenças:
- Sistema atual: composto por ICMS, ISS, PIS e Cofins, com apurações e regimes distintos para cada tributo.
- Sistema futuro: IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que unificam várias etapas da cadeia de consumo em um único tributo.
Na prática, a implantação ocorrerá de forma escalonada: fases de transição indicarão quais operações migrarão primeiro para o IBS/CBS, enquanto o modelo atual seguirá vigente para outros segmentos.
Para o contador, isso implica ajustar cadastros em ERPs, readequar planos de contas e revisar rotinas de apuração de créditos. Em breve, será essencial mapear as alíquotas de cada sistema e consolidar relatórios de impacto tributário.
Desvendando o cenário de dupla tributação: do modelo atual ao IBS e CBS
No cenário de dupla tributação, empresas e contadores precisarão operar simultaneamente sob o modelo vigente (ICMS, ISS, PIS e Cofins) e o futuro sistema unificado (IBS e CBS). Enquanto o primeiro mantém apurações independentes, bases e alíquotas específicas para cada tributo, o segundo visa simplificar a cadeia de consumo por meio de um único imposto não cumulativo.
- Sistema atual: heterogeneidade de regras, regimes cumulativo (PIS/Cofins) e não cumulativo (ICMS/ISS), apurações e cronogramas distintos.
- IBS e CBS: unificação de tributos sobre bens e serviços, crédito integral ao longo da cadeia, alíquota única e maior previsibilidade fiscal.
A implementação ocorrerá em etapas, com fases de transição definidas por segmentos econômicos. Inicialmente, operações mais simples migrarão para o IBS/CBS, enquanto outras seguirão no modelo atual. Durante esse período, as empresas devem manter controles paralelos, ajustar cadastros em ERPs e revisar rotinas de apuração para garantir conformidade e aproveitar os novos créditos tributários.
Ajustes operacionais e contábeis necessários
Com a necessidade de operar em paralelo sob o modelo atual e o novo sistema unificado, as empresas enfrentarão uma série de ajustes operacionais e contábeis que impactam diretamente seus processos internos.
- Revisão de planos de contas: adaptação das estruturas contábeis para comportar lançamentos específicos de IBS/CBS ao lado de ICMS, ISS, PIS e Cofins, garantindo clareza e rastreabilidade.
- Parametrização de ERPs: atualização de cadastros, regras de cálculo e rotinas de integração para registrar corretamente as operações de cada tributo, evitando inconsistências e retrabalho manual.
- Controle de créditos tributários: implantação de novos procedimentos de apuração e conciliação que considerem a não cumulatividade do IBS/CBS, assegurando aproveitamento integral de créditos ao longo da cadeia.
- Novas metodologias de provisão: desenvolvimento de modelos atuariais que estimem mensalmente os passivos tributários sob as diferentes bases de cálculo, possibilitando reflexos mais precisos nas demonstrações financeiras.
- Readequação do planejamento tributário: revisão de cenários e simulações de carga tributária, com ajustes na precificação de produtos e serviços para manter margens e competitividade.
Essas ações exigem não apenas atualizações técnicas, mas também uma visão integrada de processos e dados, de modo a transformar a complexidade em vantagem estratégica e garantir conformidade durante o período de transição.
Oportunidade histórica para o contador estratégico
A reforma tributária inaugura um momento singular em que a contabilidade deixa de ser vista apenas como mecanismo de conformidade e passa a ocupar o centro das decisões corporativas. Ao lidar com dois sistemas tributários em paralelo, o contador ganha espaço para atuar na interpretação de regras, antecipação de cenários e no desenho de caminhos que minimizem riscos e otimizem resultados.
Essa transição exige novas entregas: elaboração de projeções de carga fiscal, modelagem de alternativas de precificação e consultoria contínua sobre impactos operacionais. Ao oferecer análises aprofundadas e recomendações personalizadas, o profissional contábil se estabelece como parceiro estratégico, agregando valor à gestão financeira e contribuindo diretamente para a sustentabilidade e o crescimento das empresas.
Passos essenciais para se destacar no novo regime tributário
Para assumir o protagonismo contábil e orientar empresas na transição para o novo regime tributário, aposte em quatro frentes fundamentais:
- Atualização legislativa: mantenha-se informado sobre cada desdobramento das leis complementares e normativos do IBS e da CBS, participando de cursos, webinars e grupos de estudo para antecipar impactos.
- Integração tecnológica: invista na parametrização de ERPs, automação de rotinas fiscais e uso de ferramentas de BI, garantindo rapidez nos ajustes contábeis e maior precisão na análise de dados.
- Especialização setorial: aprofunde-se nos detalhes tributários de setores-chave (comércio, serviços, indústria), entendendo cenários específicos de alíquotas, créditos e obrigações acessórias para entregar soluções sob medida.
- Visão estratégica de negócios: traduza regras fiscais em cenários de planejamento, modelando alternativas de precificação e projetando cenários de carga tributária que embasem decisões de investimento e expansão.
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Na SP Contabilidade Digital, nossa equipe reúne expertise em contabilidade completa, imposto de renda, abertura e legalização de empresas, MEI, departamento pessoal e consultoria tributária para orientar sua empresa em cada etapa da reforma. Com conhecimento amplo em regimes Simples, Lucro Real e Presumido, ajudamos a transformar as exigências fiscais em oportunidades de otimização e conformidade.
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Fonte Desta Curadoria
Este artigo é uma curadoria do site Portal Contabeis. Para ter acesso à matéria original, acesse Reforma tributária: chegou a hora do protagonismo contábil